A fidelidade que alguns cães demonstram aos seus donos prova apenas que o amor existe e que é possível sim tratar todas as formas de vida com respeito.
A conexão com algumas pessoas nos mostram quão impactante e bonita pode ser a vida. Em muitos casos, nem conhecemos a pessoa há muito tempo, mas os gostos e a personalidade vão apenas comprovando que o laço pode ser cada vez mais fortalecido, como se já existisse de outras gerações, ou de outras vidas, como muitos gostam de falar.
Essa confiança em alguns indivíduos fortalece nossa relação com outras pessoas e até mesmo com a sociedade, porque nos mostra nosso espaço no mundo. Sentir-nos bem ao lado do outro é conseguir perceber que nos encaixamos em algum contexto, que existem aqueles que nos amam pelo que somos, não pelo que esperam que sejamos ou pelo que temos.
Mas essas formas de relação não precisam ficar restritas aos seres humanos, podem muito bem se estender a outras formas de vida, e não são poucos os casos em que isso acontece. Hoje vamos contar a história do cãozinho que mantinha justamente essa forma de relação com seu dono, tanto que no dia em que ele faleceu, o animalzinho não conseguia deixá-lo partir.
Dizem que os cachorros são os melhores amigos do homem, e não faltam ocasiões para provar essa máxima. A história do cão que não queria abandonar seu dono nem na hora de seu funeral emocionou muitas pessoas nas redes sociais, até uma foto dos dois juntos no carro fúnebre foi compartilhada.
Na província de Salerno, na Itália, um cachorrinho preto mostrou o impacto das relações de afeto. Segundo os jornais locais, seu dono tinha falecido recentemente, mas o ocorrido sensibilizou demais seu amigo de quatro patas, que não estava aceitando a situação muito bem.
Todos sentiram como se ele precisasse estar perto de seu companheiro humano, precisava dar o último passeio ao seu lado e se despedir de maneira adequada, já que não tinha conseguido fazer antes. Percebendo seu desespero, os familiares permitiram que o cachorro subisse no carro funerário para que dessem sua última volta juntos.
O cãozinho subiu no carro fúnebre, deitou-se ao lado do caixão e o acompanhou até o cemitério. Não há informações do que aconteceu com o animal depois do enterro do dono, nem se algum familiar adotou ou mesmo se foi parar em algum abrigo. Mas podemos perceber que a despedida foi o momento mais doloroso da sua vida, como se estivesse abrindo mão do que mais amava.
Com essa foto, conseguimos perceber que não existem limites para o amor, tampouco precisamos restringi-lo aos seres humanos. Todas as formas de vida têm maneiras próprias de demonstrar afeto, e não podemos diminuí-las apenas porque não compreendemos o que dizem, ou se realmente dizem algo. Respeitar as formas de amor existentes é um dos primeiros passos para vivermos de maneira harmônica e saudável com todos ao nosso redor.
Muitas vezes, somos ensinados a hierarquizar nossas relações, buscando sempre ficar no topo de todas elas. Talvez o grande segredo para manter a paz e as boas relações seja justamente nivelar essas formas de relações, fazendo com que todos se coloquem no mesmo patamar, onde nenhum é mais importante do que o outro. Não temos dúvida de que esse cãozinho realmente amava seu companheiro que faleceu, e o amor dele nunca pode ser colocado em posição inferior à do meu ou do seu, porque todas as formas são válidas.